Voz Velada / Alex Duarte De todo esse silêncio que assassina Que cala a sangue frio, calafrio Que rouba a sensatez, o equilíbrio Provoca embriaguez, loucura, suicídio E tudo que não quero Que preciso Veludo dessa voz velada, escondida Teu fôlego de vida, tua arritmia Teu corpo, tua aura, tua boca esculpida Roubada de alguma Grécia antiga Preciso dizer, seus dentes me calam Preciso ouvir de sua boca As palavras de um espelho Preciso dizer, seus olhos me cegam Preciso correr o risco de correr Sem te alcançar E toda lucidez que exorciso E toda essa loucura que sacia Desse teu talvez que desconfio Nessa timidez que afaga e aniquila E nesse peito frágil que me abate Se bate, me sufoca, me arrepia E no final da noite, todo dia Um tiro baseado em algo assim Que remedia Tendo a solidão por companhia
segunda-feira, 2 de novembro de 2015
SoundCloud / Faixa: Voz Velada
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